terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Como fazer um makiwara


"AMOLAR A ESPADA"


Apesar de o uso de makiwara está em franca decadência em diversas partes do mundo, sobretudo no Brasil, o valor da boa pratica com essa ferramenta de treino é inestimável. Entretanto, tendo em vista o desenvolvimento tecnológico ocorrido nas últimas décadas e a apropriação pelas artes marciais de insumos diversos para o treino (sacos de pancada, luvas, pesos, elásticos, etc.), aos poucos foi-se deixando de lado instrumentos tradicionais de treino. 

Este texto trata-se de um tutorial simples de como construir uma Makiwara. 

Primeiro, você tem que entender que uma makiwara tem função de praticar a técnica e não de condicionar ou caliçar a mão. São coisas diferentes. Em outro tutorial explicarei melhor o uso, agora nos concentraremos na construção. 

Existem dois modelos de makiwara, um tradicional ou fixo e outro moderno ou móvel. Cada um deles possui vantagens e desvantagens que serão abordadas neste texto. 

Makiwara fixo 

O makiwara tradicional deve ser construído em lugares calmos e destinados à pratica de karate. Trata-se de uma madeira de lei resistente e flexível fincada ao solo, com o anteparo receptor do golpe ou técnica realizada. É importante que a Madeira possua essas características, de modo a possibilitar maior segurança e maleabilidade na aplicação das técnicas. Geralmente se emprega cedro ou ipê. 

A Madeira deve ser cortada em forma de taboa, de mais ou menos 2cm de espessura em sua parte superior, devendo ter espessura crescente até sua base (de espessura variável, podendo assumir como padrão 4cm ou 5cm). Modelos e formas diferentes de construir podem ser observados na figura seguinte. 

Não existe comprimento padrão. O ideal é que cada makiwara seja adaptado à pessoa que vai usá-lo. Como fazer isso? Simples. Você pode pegar uma taboa de sua altura e medir o comprimento dela em relação a você. Faça uma marca na taboa correspondente à boca do seu estômago, região onde será proferido o golpe. O resto da taboa será fincada ao chão. 

Uma das formas mais práticas de construir o makiwara é a partir de um bloco de madeira de 5cm de espessura em todas as suas dimensões (modelo 2). Esse bloco deve ser cortado na diagonal a partir de uma linha traçada à 2cm da margem até a margem oposta. Dessa forma, confecciona-se o modelo 1 de espessura progressiva. 

A fixação ao solo deve seguir as orientações apresentadas no modelo 3. As tres características fundamentais do makiwara são resistência (dada pela natureza da Madeira), flexibilidade (natureza da Madeira e tipo de corte e fixação) e fixação (base fixa). A fixação da base é muito importante, pois é comum que o makiwara comece a ficar mais solto no solo com o treino, pois a energia passada ao equipamento desloca a terra usada para sua fixação. Para minimizar esse efeito, na base do makiwara devem ser afixados blocos de madeira (ou pedras) em suas laterais dispostos como no modelo 3. Na fase anterior, coloca-se um bloco na parte mais profunda e na parte posterior coloca-se um bloco na parte mais superficial, quase rente ao solo. O conjunto dessas ações torna o makiwara ideal para a pratica do karate e exercita pontos que não podem ser praticado sem estruturas rígidas (paredes ou mondjong, por exemplo) ou móveis (como sacos de pancada). A importância do makiwara está justamente em sua flexibilidade, sua capacidade de absorver a anergia imposta pelo golpe e devolvê-la ao atacante, forçando ele a exercitar  base, postura, uso do solo e do quadril, distância, etc., fundamentos maiores asserem desenvolvidos pelos karatecas. 

Existe forma mais simples? Outra possibilidade (caso você não tenha uma serra à disposição de sua criatividade) é seguir o modelo 4. Pega-se uma taboa plana de madeira flexível e resistente. Falta agora ficar bem a Madeira ao solo, mantendo ou potencializando sua resistência e elasticidade. Para isso, fixe gradativamente com pregos taboas menores na parte posterior até sua base. Aos final, você terá construído seu makiwara. 

A Madeira deve ser cortada em forma de taboa, de mais ou menos 2cm de espessura em sua parte superior, devendo ter espessura crescente até sua base (de espessura variável, podendo assumir como padrão 4cm ou 5cm). Modelos e formas diferentes de construir podem ser observados na figura seguinte. 




Nenhum comentário:

Postar um comentário